E aceitar o Teu jeito de agir
Leandro Neri
Leandro Neri
Três Vezes Amor é, sem dúvida, um dos filmes mais adoráveis que já vi. Não há como fugir à simpatia dos personagens. Não há como não se envolver. Bem resumidamente, o filme consiste no personagem Will (interpretado por Ryan Reynolds) contando à sua filha as suas histórias de amor com as três namoradas que teve na vida. Ele muda o nome das garotas, na intenção de que Maya, sua filha, seja capaz de descobrir quem é sua mãe na história.
Além de Ryan Reynolds (que eu acho excelente, por sinal), meu destaque vai para a personagem interpretada por Isla Fisher. Lembro-me que já a havia estado ótima no longa "Penetras bons de bico", em que interpretava uma personagem um tanto quanto... pervertida... rsrs. Dando vida a April, Isla está ainda melhor e mais linda. Apaixonante! Já deu pra perceber por quem eu torci no decorrer do filme, né? Se eu torci pela verdadeira mãe de Maya? Bem, daí você tem que assistir pra saber. A atuação de Abigail Breslin como Maya também é muito convincente e traz ainda mais doçura e leveza ao filme. Para quem não sabe, Abigail também estrelou "Pequena Miss Sunshine".
Por fim, o que mais gostei em “Três Vezes Amor” foi ver o relacionamento tão saudável existente entre Pai e Filha na película. (Eu realmente amo filmes que valorizam os laços familiares de alguma maneira.) Acredito que muitas desordens em famílias seriam sanadas caso existissem mais relacionamentos afetuosos e sinceros entre pais e filhos tais como o de Will e Maya.
Já Terapia do Amor possui uma veia um pouco mais trágica. Trata-se de uma história de amor que periga não dar certo simplesmente porque os personagens principais parecem ter nascido em épocas muito distintas. Rafi (Uma Thurman) acaba de se divorciar e agora está envolvida em um estranho e repentino relacionamento com David (Bryan Greenberg).
Parece bem bobo, né? Mas não é, não. A coisa fica mais complicada quando descobrimos que David é 14 anos mais jovem que Rafi e, além disso, é filho de uma terapeuta judia que (obviamente!?) é a terapeuta de Rafi. E é a partir desse ponto que surgem as cenas mais divertidas da trama. Meryl Streep (a tal terapeuta), como já era de se esperar, rouba todas as cenas em que participa. Vale destacar o momento do filme em que a própria terapeuta se submete à terapia!
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O que mais apreciei nesses filmes está no fato de ambos fugirem um pouco ao padrão das comédias românticas a que estamos habituados. Mesmo que eu também goste dos clichês, não posso negar que algumas surpresas de vez em quando são válidas. Aliás, também destaco que nenhuma das histórias tem final previsível. E esse fator é o responsável por você passar algum tempo pensando a respeito, mesmo depois de os créditos começarem a aparecer na tela.
Leandro Neri